Por que a flor do Manacá-de-Cheiro muda de cor? Assista ao vídeo

Brunfelsia uniflora (Pohl.) D.Don. (manacá- de- cheiro)
Família: Solanaceae

 

Em 2019/2020 conduzimos, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, um estudo sobre duas espécies de manacá — Brunfelsia uniflora e B. grandiflora — com foco na produção e função das suas fragrâncias. O trabalho, desenvolvido por Julia de Almeida (UERJ) sob minha orientação, com colaboração de Ygor Ramos (UFBA)  foi apresentado no Congresso Internacional Online sobre Sustentabilidade (2020).

Identificamos osmóforos (glândulas de odor) e analisamos a composição química das fragrâncias para entender como esses compostos se relacionam com a atratividade das flores. Nessas espécies, borboletas e mariposas noturnas são os principais polinizadores.

Observação sobre o áudio:
Peço desculpas pela qualidade do som. O vídeo foi gravado ao vivo, durante a apresentação da Julia no congresso, sem edição em estudio.

📽 Veja o vídeo 

 

Resumo 

As flores utilizam pigmentos e essências como verdadeiras “armas químicas” para atraírem polinizadores. Os pigmentos de cores vibrantes — como vermelho, azul e amarelo — chamam a atenção das abelhas, das aves e borboletas.  As essências liberam perfumes únicos, ora doces e delicados, ora fortes e intensos, capazes de seduzir os polinizadores à distância. Juntos, cores e aromas formam uma estratégia química sofisticada de comunicação entre plantas e animais, garantindo a polinização e a continuidade da vida vegetal.

arbusto de manacá-de-cheiro com flores roxas e brancas
arbusto de Manacá, com suas flores lilases e brancas

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